GRÉCIA ANTIGA
Há mais de quatro mil anos, uma região excessivamente acidentada da Península Balcânica passou a abrigar vários povos de descendência indo-europeia. Aqueus, eólios e jônios foram as primeiras populações a formarem cidades autônomas que viviam do desenvolvimento da economia agrícola e do comércio marítimo com as várias outras regiões do Mar Mediterrâneo.
Mal sabiam estes povos que eles seriam os responsáveis pelo desenvolvimento da civilização grega. Ao longo de sua trajetória, os gregos (também chamados de helenos) elaboraram práticas políticas, conceitos estéticos e outros preceitos que ainda se encontram vivos no interior das sociedades ocidentais contemporâneas. Para entendermos esse rico legado, estabelecemos uma divisão fundamental do passado desse importante povo.
A Grécia Antiga compreende várias cidades próximas ao Mar Mediterrâneo que possuíam administração própria e independentes, porém compartilhavam dos mesmos costumes e cultura, incluindo a religião politeísta.
Foi na Ilha de Creta por volta do ano 3000 a.C., que surgiu a primeira civilização na região da Grécia. A civilização cretense esteve estreitamente ligada à vida marítima, além de ser um ponto de encontro entre os povos da Grécia Continental e aqueles que ocupavam a Região do Mesopotâmia e do Egito.
Toda essa diversidade de contatos favoreceu o desenvolvimento de uma cultura muito rica que valorizava a beleza e as expressões artísticas.
A civilização cretense também é chamada de civilização minoica, pelo fato de os reis serem chamados de minos. Politicamente caracterizavam-se como uma monarquia que, aliada à classe dos comerciantes, exercia poder sobre todo o Mar Egeu.
CIDADES NA GRÉCIA ANTIGA
A pólis era composta por:
- uma região urbana, onde ficava a ágora: praça central que servia para reuniões públicas;
- o templo e o mercado, onde eram realizadas as trocas
- área rural: formada pelo campos vizinhos à cidade, cultivados por camponeses livres e por escravos.
O poder era exercido pelos donos das terras. Cada cidade-Estado grega era um centro politico, social e religioso autônomo, com uma classe dominante, deuses e um sistema de vida próprios.
A desagregação do sistema fundamentado na solidariedade dos genos e o surgimento das cidades-Estado ocasionaram uma crise social, com reflexo no campo e nas cidades, e que ameaçava o poder das oligarquias dominantes.
Nas cidades, o principal problema foi o crescimento do número de pessoas que não eram proprietárias de terras, mas que haviam enriquecido com as atividades comerciais e que reclamavam participação política, ameaçando o poder das oligarquias.
No campo, o endividamento dos pequenos proprietários rurais provocava a escravização dos devedores (escravos por dívida) e a incorporação dos pequenos lotes às grandes propriedades concentrando ainda mais terras nas mãos dos grandes proprietários.
Os camponeses que perdiam suas terras entravam em luta pela divisão das terras existentes, colocando em risco as propriedades da aristocracia.
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