A compra e a venda de moeda estrangeira são realizadas por instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central. As aplicações são feitas de acordo com a taxa de câmbio, que é o valor de uma moeda em relação à outra.
As taxas praticadas no Brasil são estabelecidas pelos bancos ou agências e definidas segundo a oferta e a demanda da moeda. As taxas são atualizadas diariamente e podem ser consultadas no site do Banco Central, onde também é possível fazer a conversão de moedas.
No Brasil, a moeda mais negociada é o dólar norte-americano. Para cada aplicação, ocorre uma taxa de conversão diferente. O Dólar Comercial é utilizado para transações de comércio exterior, entrada e saída de recursos, transações financeiras feitas pelo governo com países estrangeiros, quando algum brasileiro que mora no exterior realiza empréstimos registrados no Banco Central, dentre outras situações.
Já o Dólar Turismo é utilizado para balizar valores de passagens, compras no exterior feitas por cartão de crédito ou débito, ou outras operações de turismo. Não há limite de transações com o Dólar Turismo, mas a legislação brasileira não permite que seja utilizado como poupança. Se o valor a ser comprado ultrapassar R$ 10 mil, deve ser declarado à Receita Federal.
Existe ainda o chamado Dólar Paralelo (ou "Black"), que é considerado ilícito por ser adquirido fora dos meios oficiais – com doleiros, por exemplo –, sem a autorização do Banco Central.
Qualquer pessoa pode comprar ou vender dólar, basta ir a uma agência autorizada e apresentar o documento de identificação (RG). Para compra de valores acima de US$ 3 mil, o correspondente em reais deve ser pago com cheque ou débito em conta corrente. Valores menores podem ser pagos em espécie. Independentemente da finalidade a que se destina o dólar, o valor de compra será mais alto que o valor de venda. Este é o chamado spread.
Outra opção é o Fundo Cambial em Dólar, que consiste no investimento feito na moeda norte-americana por meio de títulos emitidos por bancos e empresas e ativos relacionados à variação da moeda. O Fundo Cambial não corresponde exatamente à cotação do dólar, pois cobra uma taxa de administração de 1% a 3% ao ano, além de Imposto de Renda, que varia de 15% a 22,5%, conforme o período de investimento, além da variação da taxa de juros.
Nessas operações, podem ser feitos contratos que estabelecem a troca de riscos e rentabilidade entre investidores, chamados de Swap Cambial. O contrato permite a troca de taxas de dólar por juros pós-fixados. Dessa forma, o investidor corre menos risco quanto à variação da moeda.
Para quem deseja obter rentabilidade com investimento, o Fundo Cambial é menos indicado, pois pode haver desvalorização da moeda com as oscilações do mercado. Geralmente, este fundo é utilizado para proteger o dólar para uso futuro. O Fundo Cambial é mais adequado para:
• Quem vai viajar para o exterior;
• Pessoas ou empresas que tenham dívidas em dólar;
• Quem tem planos de morar em outro país;
• Pessoas que mandam dinheiro para a família em outro país;
• Estudantes ou profissionais que pretendem fazer um curso no exterior.
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Fonte:
portal brasil
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