sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Estrutura da Sociedade Romana-Eduardo Primo 2

A importância da organização familiar originária, baixo a autoridade do pai (pater famílias) atravessará nos séculos. A família romana incorporava a muitas mais pessoas que a de nosso tempo: além dos relacionados por laços de sangue, estavam os clientes, homens livres que buscavam o amparo dos pais, e assim poder viver tranquilos em Roma, prestando serviços ao pater famílias, e os servos (escravos), comprados ou fatos tais nas campanhas militares. Correspondia ao pater famílias administrar a todo este conjunto velando por sua continuidade para fazer possível, através das gerações, o culto aos antepassados, ao mesmo tempo que cuidando de seu patrimônio. Os membros das antigas famílias romanas são os patricios; que formam uma verdadeira nobreza -isto é, os que têm antepassados conhecidos—com um extraordinário espírito de disciplina, de austeridade e de devoção a sua cidade. Estes pais de família reuniam-se em uma assembleia (o Senado) que seria a que ia dar a Roma, durante um milênio, as grandes orientações políticas. Mas há que recordar que, nas origens da cidade, estes senadores junto a seus filhos e parentes próximos -- constituindo o grupo dos cidadãos que em idioma latim se denominava populus (povo)-- eram também os valentes defensores armados de sua cidade, que construía com suas próprias mãos, tal como cultivavam os campos que a rodeavam. Estes agricultores apreciavam a paz, que permite que os semeados madurem e que as colheitas possam ser recolhido oportunamente; mas a paz devia ser defendida com as armas a cada vez que fosse necessário (e muitas vezes o foi!), não só para recusar os ataques e invasões, senão também para ir gado a cada vez mais tranquilidade, ao se submeter a possíveis inimigos antes de que chegassem a ser um perigo. Esta realidade ficou recolhida na sentença romana "se vis pacem para bellum" (Se quer a paz, prepara a guerra).

Estas contínuas guerras fizeram necessário contar também com a ajuda militar dos pobladores não patricios da cidade, denominados plebeus; os plebeus não tinham patrimônio nem representação legal, mas à medida que se iam incorporando ao exército romano, exigiam também uma participação no governo da República e, pouco a pouco, foram conseguindo o direito de eleger e ser eleito para certas magistraturas, como o consulado.

Simultaneamente das vitórias de seu exército, cresce o poder e prestígio de Roma, o que seus magistrados souberam aproveitar muito bem para conquistar a amizade de outros povos, que passavam a ser aliados de Roma; a mudança de obediência e serviço militar. Roma protegia-os com suas armas e com suas leis. Assim, com extraordinária habilidade, os romanos souberam ir ordenando e regulamentando estas novas situações para incorporar baixo seu governo a conquistados e aliados, a cada qual com seus direitos e obrigações.

Os romanos eram uma civilização eminentemente urbana, onde se dava grande prioridade à vida política, guerreira e aos relacionamentos sociais, que se faziam tanto nas casas dos indivíduos, como em locais públicos como o Coliseo, onde se realizavam combates com gladiadores e lutas contra animais selvagens; ou os Banhos públicos, que tinham capacidade para umas 3.000 pessoas e contavam com piscinas, banhos a vapor, ginásios e bibliotecas.

A sociedade da antiga Roma era estratificada existindo uma grande diferença entre os patricios, que formavam o grupo alto da sociedade, possuíam as riquezas e grande parte das terras, ao mesmo tempo que participavam em política; e os ple-belos, quem inicialmente não foram considerados cidadãos romanos e portanto, não desfrutaram de direitos civis; embora sim tinham vários deveres e proibições. Um grupo aparte eram os escravos, quem não possuíam direitos, senão somente obrigações que lhes impunham seus donos.

Fonte:http://classroom.orange.com/pt/estrutura-da-sociedade-romana.html

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