Estruturas básicas da sociedade romana
A importância da organização familiar originária, baixo a autoridade do pai (pater famílias) atravessará nos séculos. A família romana incorporava a muitas mais pessoas que a de nosso tempo: além dos relacionados por laços de sangue, estavam os clientes, homens livres que buscavam o amparo dos pais, e assim poder viver tranquilos em Roma, prestando serviços ao pater famílias, e os servos (escravos), comprados ou fatos tais nas campanhas militares. Correspondia ao pater famílias administrar a todo este conjunto velando por sua continuidade para fazer possível, através das gerações, o culto aos antepassados, ao mesmo tempo que cuidando de seu patrimônio. Os membros das antigas famílias romanas são os patricios; que formam uma verdadeira nobreza -isto é, os que têm antepassados conhecidos—com um extraordinário espírito de disciplina, de austeridade e de devoção a sua cidade. Estes pais de família reuniam-se em uma assembleia (o Senado) que seria a que ia dar a Roma, durante um milênio, as grandes orientações políticas. Mas há que recordar que, nas origens da cidade, estes senadores junto a seus filhos e parentes próximos -- constituindo o grupo dos cidadãos que em idioma latim se denominava populus (povo)-- eram também os valentes defensores armados de sua cidade, que construía com suas próprias mãos, tal como cultivavam os campos que a rodeavam.
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